Trata-se de um sério problema de saúde pública no Brasil e no mundo todo, pois expõe grande número de pessoas e animais ao risco da contaminação, tendo elevado custo de controle ou erradicação.
A forma mais comum de transmissão é o contato direto da saliva contendo o vírus rábico com mucosas ou pele machucada através de lambidas ou mordidas. A transmissão também pode ocorrer por arranhões, pois a salivação intensa dos animais doentes contamina as patas. Em áreas urbanas, a principal fonte de infecção é o cachorro (quase 85% dos casos), seguido do gato. Em áreas rurais, além de cachorros e gatos, morcegos, macacos, bovinos, eqüinos, suínos, caprinos e ovinos também podem ser acometidos de raiva.
No Brasil, o cachorro é a principal fonte de infecção para o homem. Depois de mordido por outro animal raivoso, o cachorro pode levar algumas semanas para desenvolver doença, mas após o aparecimento dos sintomas a evolução é rápida, variando de 1 a 11 dias, onde o animal morre por convulsões e paralisia.Há duas formas de raiva canina: a furiosa caracteriza-se por inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, e a forma muda, com ausência de inquietação e ataque, com tendência a se esconder em locais escuros. Ambas as formas levam à paralisia e à morte. Cachorros e gatos contaminados já podem transmitir a raiva alguns dias antes do aparecimento dos sintomas e durante todo o período da doença.
Diagnóstico e prevençãoO diagnóstico da raiva é feito por exame clínico e do histórico do animal ou homem com antecedente de mordida ou outros tipos de exposição. Cachorros e gatos suspeitos de contato com animais acometidos de raiva devem ser isolados e submetidos a quarentena para avaliação dos sintomas. As autoridades sanitárias devem ser imediatamente notificadas. No caso de o animal morrer, deve-se levá-lo ao veterinário para exames histopatológicos.
A vacinação anual de cachorros e gatos é fundamental para o controle da raiva no meio urbano e rural. Somente a vacinação pode proteger os animais e indiretamente o homem contra essa enfermidade mortal. Existem também as vacinas humanas, indicadas para pessoas com alto risco de exposição ao vírus da raiva.
Informações úteis:
A partir dos três (03) meses de idade, cães e gatos sem exceção, devem ser vacinados contra raiva todos os anos, incluindo lactantes, cadelas prenhes ou no cio;
Cães e gatos não devem ter livre acesso à rua;
Ao sair com animal mantenha-o sob controle, utilizando coleira e guia;
Nunca provoque um animal;
Não toque em animais estranhos, feridos ou que estejam se alimentando;
Não aparte brigas entre animais, nem mexa com fêmeas e suas crias;
Em caso de acidentes por mordedura ou arranhadura de cães e gatos:
Lavar o ferimento com água e sabão e procure orientação médica; Identifique o animal agressor e seu proprietário; Caso o cão ou gato for conhecido, observar o animal por 10 dias; Caso o animal não tenha dono, desapareça, adoeça ou morra, procure imediatamente o posto de saúde ou orientação com o Centro de Controle de Zoonoses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário